A Santa Casa da Misericórdia de Redondo foi fundada em 1521, por alvará de Dom Manuel I, quando já existia uma Albergaria instituída pelos bens deixados em testamento pela viúva Catarina Pires Folgada, no ano de 1443. Determinava o rei que a Misericórdia iria receber a totalidade da referida doação e outros bens futuros, pressupondo-se, assim, o alargamento da missão assistencial da Albergaria.

Em 13 de Maio de 1566, o Hospital da vila é integrado na Misericórdia, que permanecerá sob a sua gestão até 1975.

Em 14 de Maio de 1914, a Misericórdia alarga a sua esfera de acção à terceira idade com a inauguração do Asilo António Manuel Fernandes Piteira, com o fim de receber e tratar os desprovidos de rede familiar de suporte, os mais necessitados, os excluídos.

As Misericórdias de Portugal aventuram-se no bem-fazer há mais de quinhentos anos, sob a inspiração cristã e na promoção das catorze obras de misericórdia. Primeiro, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que foi fundada pela rainha Dona Leonor, em 1498, matriz incontornável, que se dilata pelo reino e por todos os continentes, onde viviam os portugueses.

O espírito das Santas Casa resistiu, adaptou-se, superou os constrangimentos políticos da nossa História. Estes também contribuíram para uma melhor clarificação do seu papel. Prestamos serviços contratualizados aos mais carenciados, nas áreas do social, onde o Estado não chega.

A sociedade massificou-se.

Mudam-se os tempos, algumas necessidades cresceram a ritmo apressado, nascem outras, cada vez mais exigentes na sua resolução.

A resposta, difícil, a esta complexificação pode e deve residir na cooperação e na partilha de recursos, dentro da comunidade, em que se insere a Santa Casa da Misericórdia de Redondo.